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terça-feira, 1 de novembro de 2016

MEC adia Enem de mais de 191 mil estudantes para os dias 3 e 4 de dezembro


O Ministério da Educação (MEC) decidiu adiar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 304 locais de provas devido às ocupações de escolas, institutos e universidades federais. Os estados do Paraná, com 74 ocupações, e Minas Gerais, com 59, têm o maior número de locais de provas ocupados. O adiamento atingirá 191.494 candidatos, que farão o exame nos dias 3 e 4 de dezembro.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), os estudantes serão avisados ainda hoje (1º) por SMS que não farão a prova neste final de semana, nos dias 5 e 6. Os candidatos também serão informados posteriormente dos novos locais.
  
“O Inep lamenta profundamente a ansiedade que esses jovens manterão esperando mais um período para realizar a prova”, disse a presidente da autarquia, Maria Inês Fini, em entrevista coletiva. Segundo ela, os estudantes que fazem parte das ocupações têm direito a se manifestar, mas também é preciso garantir o direito de ir e vir e de ter aulas dos demais estudantes.

Segundo Maria Inês, o adiamento não prejudicará a utilização dos resultados do Enem para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e i Fundo de Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Em relação ao custo da mudança, o MEC, que havia cogitado repassar o gasto do adiamento aos responsáveis pelas ocupações, voltou atrás e informou que o governo federal deverá arcar com a alteração. O Enem custa para o governo R$ 90 para os estudantes isentos de taxa de inscrição e R$ 72 para aqueles que pagaram. O custo de cada prova adiada deverá ser de cerca de 70% desse total, uma vez que neste final de semana o MEC deixará de gastar com fiscais de prova e outras despesas.

A prova aplicada em dezembro terá o mesmo modelo e nível de dificuldade do Enem deste fim de semana, segundo o Inep, mas com questões diferentes.

A lista das escolas em que haverá o adiamento do Enem 2016 estará disponível ainda hoje, a partir das 18h, no site do MEC (www.mec.gov.br) e Inep (www.inep.gov.br).

Ocupações

As ocupações ocorrem em diversos estados do país. Estudantes do ensino médio, superior e educação profissional têm buscado pressionar o governo por meio de ocupações de escolas, universidades, institutos federais e outros locais. Não há um balanço nacional oficial. Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), até ontem, 134 campi universitários e mais de 1 mil escolas e institutos federais estavam ocupados.

Os estudantes são contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos do governo federal pelos próximos 20 anos, a chamada PEC do Teto. Estudos mostram que a medida pode reduzir os repasses para a área de educação, que, limitados por um teto geral, resultarão na necessidade de retirada de recursos de outras áreas para investimento no ensino. O governo defende a medida como um ajuste necessário em meio à crise que o país enfrenta e diz que educação e saúde não serão prejudicadas.

Os estudantes também são contrários à reforma do ensino médio, proposta pela Medida Provisória (MP) 746/2016, enviada ao Congresso. Para o governo, a proposta vai acelerar a reformulação da etapa de ensino que concentra mais reprovações e abandono de estudantes. Os alunos argumentam que a reforma deve ser debatida amplamente antes de ser implantada por MP.

O MEC estabeleceu o prazo para a desocupação até as 23h59 dessa segunda-feira (31). Os estudantes chegaram a pedir a transferência dos locais de prova, a exemplo do que foi feito pelos Tribunais Regionais Eleitorais para o segundo turno da eleição no último domingo (30).


“Foi muito volátil esse movimento. Ora [os locais] estavam ocupados, ora desocupados, mudou muito. Não há possibilidade de alocarmos o novo local de prova”, disse Maria Inês, que ressaltou que os novos locais devem ser semelhantes aos já definidos e que isso dificulta a seleção de uma nova localidade.


Segundo a presidenta do Inep, os canais de discussão do MEC e as audiências públicas no Congresso Nacional são o foro para as discussões sobre a MP do Ensino Médio.

Veja a lista com os locais de prova do Enem ocupados no Espírito Santo:

Cariacica
EEEFM Ary Parreiras
EEEFM Coronel Olímpio Cunha
EEEFM Hunney Everest Piovesan
EEEFM Maria de Lourdes Poyares Labuto
EEEFM Professor Joaquim Barbosa Quitiba
EEEFM Professor José Leão Nunes
EEEFM Professora Maria Penedo

Colatina
EEEFM Conde de Linhares

São Mateus
Centro Universitário Norte do Espírito Santo - CEUNES - UFES

Serra
EEEFM Aristóbulo Barbosa Leão
EEEFM Belmiro Teixeira Pimenta
EEEFM Clotilde Rato
EEEFM Clóvis Borges Miguel
EEEFM Elice Baptista Gaudio
EEEFM Francisca Peixoto Miguel
EEEFM Iracema Conceição Silva
EEEFM Jacaraípe
EEEFM Marinete de Souza Lira
EEEFM Mestre Álvaro
EEEFM Nova Carapina
EEEFM Professor João Loyola
EEEFM Professora Hilda Miranda do Nascimento
EEEFM Professora Juraci Machado
EEEFM Professora Maria Olinda de Oliveira Menezes
EEEFM Sizenando Pechincha
EEEFM Vila Nova de Colares
EEEFM Zumbi dos Palmares

Viana
EEEFM Ewerton Montenegro Guimarães
EEEM Irmã Dulce Lopes Ponte

Vila Velha
EEEFM Florentino Avidos
EEEFM Francelina Carneiro Setúbal
EEEM Ormanda Gonçalves
EEEM Professor Agenor Roris

Vitória
Colégio Estadual do Espírito Santo
EEEFM Aflordízio Carvalho da Silva
EEEFM Almirante Barroso
EEEM Arnulpho Mattos
EEEM Irmã Maria Horta
EEEM Professor Fernando Duarte Rabelo
EEEM Professor Renato José da Costa Pacheco

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo - IFES
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