A
inflação - medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15
(IPCA-15) - fechou o mês de novembro com um aumento de 0,26%.
Os
dados foram divulgados hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro, e indicam que o resultado acumulado de
janeiro a novembro é de 6,38%, abaixo dos 9,42% anotados em igual período
do ano passado.
Apesar
do índice relativamente baixo, a taxa de novembro deste ano é 0,07 ponto
percentual maior que a de outubro:
0,19%. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 7,64%, também abaixo
dos 8,27% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de
2015, havia sido 0,85%.
Retração
A
retração dos preços dos alimentos, que, por algum tempo vinha pressionando a
inflação para cima, mais uma vez contribuiu para que a inflação ficasse em
patamar baixo, uma vez que o grupo saúde e cuidados pessoais continuou
pressionando para cima.
Segundo
o IBGE, enquanto os preços do grupo alimentação e bebidas fecharam com deflação
(inflação negativa) de 0,06%, os de saúde e cuidados pessoais chegaram a subir
0,68%. O grupo vestuário, com variação também negativa (-0,03%), contribuiu
para segurar os preços do IPCA-15, em novembro.
Alimentação tem redução de preços
Mesmo
fechando novembro com queda de preços menos intensa do que em outubro, o grupo
alimentação e bebidas acusou redução de preços em vários dos produtos
considerados pelo IBGE como importantes na composição da cesta das famílias.
Os
dados indicam que, com a inflação negativa de 0,06% em novembro, o IPCA-15 já
acumula nos últimos dois meses uma queda de 0,31 ponto percentual. O principal
destaque ficou com o leite longa vida, produto importante para muitas famílias.
Ele passou a custar 10,52% a menos em novembro, e, com isso, exerceu o
principal impacto para baixo no índice do mês (-0,12 ponto percentual).
Outros
itens alimentícios que se destacaram foram: feijão-carioca (-11,84%),
feijão-mulatinho (-7,82%), tomate (-6,61%) e cenoura (-4,31%), todos vilão da
inflação há pouco tempo. Mesmo com o grupo em queda, alguns alimentos exerceram
pressão de alta sobre o índice, especialmente açúcar cristal (3,73%), pescados
(3,91%), batata-inglesa (3,26%), cerveja (2,36%) e carnes (1,43%).
Influência dos seguros e planos de saúde
Os
números do IPCA-15 trazem em novembro uma tendência de alta, com destaque para
o etanol, cujo litro ficou 7,29% mais caro, e, assim, exercendo o mais elevado
impacto individual no mês (0,07 ponto percentual). O IBGE chama a atenção,
também, para o item multa [de trânsito] pelo expressivo aumento de 23,72%, como
reflexo do reajuste médio de 53%, em vigor desde 1º de novembro.
Outros
itens que também influenciaram o resultado do mês foram: seguro de veículo
(2,61%), plano de saúde (1,07%), empregado doméstico (0,87%), mão de obra para
pequenos reparos (0,87%), artigos de higiene pessoal (0,87%), emplacamento e
licença (0,80%), cabeleireiro (0,67%) e gasolina (0,59%).
Pesquisa por regiões
A
análise regional do IPCA-15 mostra que, em novembro, a alta mais expressiva foi
registrada na região metropolitana de Recife (0,55%), resultado que chega a ser
0,29 ponto percentual superior à média nacional de 0,26%. Também apresentaram
resultados acima da média nacional o Rio de Janeiro e São Paulo, com alta de
0,29%.
Já
a menor variação foi anotada em Goiânia, onde o IPCA-15 fechou com inflação
negativa de 0,03%, influenciada pela queda de 4,15% do item energia elétrica.
Também tiveram variação perto de zero Belém e Porto Alegre com alta de apenas
0,3%.
O que é o IPCA-15
Prévia
da inflação oficial do país, o IPCA-15 tem praticamente a mesma metodologia do
índice utilizado pelo Banco Central para o balizamento das metas de inflação. A
diferença está na periodicidade e na abrangência geográfica.
Para
o IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de outubro a 14 de
novembro (mês de referência) e comparados com os vigentes de 15 de setembro a
13 de outubro. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40
salários mínimos.
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