O Departamento Estadual de
Trânsito do Espírito Santo (Detran|ES) convida a sociedade capixaba a fazer um
gesto de solidariedade a quem já sofreu um acidente ou perdeu uma pessoa
querida no trânsito, ao participar da Caminhada pela Vida, que acontecerá neste
domingo (20), na praia de Camburi, Vitória. A concentração será às 8h, com
saída às 9h, em frente ao píer de Iemanjá com destino ao final da praia, na
altura da Av. Adalberto Simão Nader. Os interessados em participar, devem se
inscrever por meio do e-mail: ascom@detran.es.gov.br. Os mil primeiros
inscritos receberão um kit para a caminhada.
O evento, que faz parte do
Movimento Rua Coletiva, possui o objetivo de divulgar o serviço de Apoio
Psicológico às vítimas de trânsito, que é oferecido gratuitamente pelo Órgão e,
faz parte das ações em alusão ao Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito,
lembrado em todo o mundo no terceiro domingo de novembro. Trata-se de uma
oportunidade para dedicar tempo à memória ao vários milhões de indivíduos que
foram mortos ou machucados em acidentes pelas estradas de todo o mundo, junto
às suas famílias e amigos.
Acidentes no Estado
De acordo com o último
Relatório Anual de Estatística de Trânsito, que apresenta informações gerais e
indicadores de todo o Espírito Santo, referente ao ano de 2015, foram
registrados 48.377 acidentes de trânsito no Estado, sendo que 45%, ou 21.956
deles, tiveram vítimas, o que representa uma média de 61 acidentes com vítimas
por dia.
O relatório discriminou a
característica dos acidentes com vítimas e mostrou que a maioria deles resultou
em vítimas parciais (98%), e aconteceu durante o dia (60,86%) e em área urbana
(73,79%). Quanto à natureza, mais da metade desses acidentes foi
colisão/abalroamento (9.331), na sequência vem tombamento/capotamento (2.712),
atropelamento (1.491), entre outros.
Esses acidentes deixaram
21.956 vítimas, sendo 21.474 feridos e 472 vítimas fatais, considerando os
mortos no local do acidente. Das vítimas parciais, 72% são do sexo masculino. A
faixa etária mais atingida é de 18 a 24 anos, com 4.765 vítimas, seguido da
faixa de 30 a 39 anos, com 4.479. Os motociclistas representam mais de 44% das
vítimas parciais, com 9.430 feridos em 2015, seguido por passageiro (5.345),
condutor (3.458), pedestre (1.572) e ciclista (964).
A quantidade de vítimas
fatais no local do acidente passou de 628, em 2014, para 472 em 2015, o que
representa 1,31 mortos por dia. Também entre as vítimas fatais, os homens foram
maioria, com 78,81% dos mortos em acidentes. Das vítimas fatais, 97 tinham
entre 30 e 39 anos, 80 estavam com idades entre 40 e 49, e 69 deles entre 50 e
59 anos de idade. Os motociclistas foram as principais vítimas fatais,
totalizando 186 óbitos no ano de 2015. Na sequência, estão condutores (92),
passageiros (90), pedestres (61), caminhoneiros (19) e ciclistas (16).
Entre os condutores
envolvidos em acidentes com vítima, 4.002 tinham a habilitação há mais de 16
anos, seguido de 3.719 condutores com tempo de habilitação entre 2 e 5 anos.
Entre os veículos envolvidos nesses acidentes, 11.337 eram motocicletas e
10.778 automóveis/camioneta.
Acidentes na Grande Vitória
Na Grande Vitória, de acordo
com o mesmo relatório, aconteceram 26.801 acidentes de trânsito em 2015, sendo
que 7.640, ou seja, 28,51% deles registraram vítimas. Dos acidentes com
vítimas, 63,47% aconteceram durante o dia e 96,03% foram em área urbana. Grande
parte são colisões/abalroamento, com 4.643 registros, seguido de
atropelamentos, com 841 acidentes.
Durante o ano, 9.680 pessoas
foram vítimas de acidentes na Grande Vitória, sendo que 9.522 ficaram feridas.
Dessas vítimas parciais, 70,75% são do sexo masculino. Dos feridos, 3.912 eram
motociclistas, 2.190 passageiros, 1.742 condutores, 887 pedestres e 560
ciclistas. De acordo com a faixa etária, 2.188 vítimas tinham entre 18 e 24
anos e 2.176 tinham de 30 a 39 anos.
Além das vítimas parciais,
158 pessoas morreram no local do acidente, em 2015, na Grande Vitória. Das
vítimas fatais, 71,52% eram do sexo masculino e 32 delas tinham de 40 a 49. As
principais vítimas foram motociclistas, com 55 mortos. Na sequência, pedestre
(37), passageiro (28), condutor (34) e ciclista (9).
Acidentes no Interior
Nos municípios do interior
do Estado, foram registrados 21.576 acidentes em 2015. Desses, 9.075 (42,06%)
tiveram vítimas. A maioria dos acidentes foi colisão/abalroamento (4.688),
seguido de tombamento/capotamento (2.100).
Os acidentes resultaram em
12.266 vítimas, sendo 11.951 vítimas parciais. Dos feridos, 73,17% são do sexo
masculino. A faixa estaria com maior número de vítimas parciais foi de 18 a 24
anos, com 2.644 feridos, seguido de 2.497 com idade entre 30 e 39 anos. Das
vítimas parciais, 5.518 foram motociclistas, 3.155 passageiros, 1.716
condutores, 685 pedestres e 404 ciclistas.
O interior teve 314 vítimas
fatais de acidentes de trânsito, sendo 82,48% do sexo masculino. Das vítimas
fatais, 70 tinham entre 30 e 39 anos de idade, 48 de 40 a 49 anos e 48, de 18 a
24 anos de idade. E, desse total, 131 eram motociclistas, 66 condutores, 62
passageiros, 24 pedestres, 19 caminhoneiros e 7 ciclistas.
Custos por paciente de
acidente de trânsito
De acordo com os dados da
Secretaria Estadual de Saúde, a média de gasto com internação por paciente de
acidente de trânsito é de R$ 11 mil. Em 2015, o SAMU 192 realizou 8.790
atendimentos à vítimas de acidentes de trânsito.
Dia Mundial em Memória das
Vítimas do Trânsito
O Dia Mundial em Memória das
Vítimas do Trânsito é realizado no terceiro domingo de novembro de cada ano e
foi criado em 1993 por RoadPeace, uma organização de caridade do Reino Unido em
prol das vítimas de acidentes rodoviários.
(http://www.roadpeace.org/). Desde então a RoadPeace, a Federação
Europeia e as organizações parceiras, realizam essa paralização em todo o
mundo.
A comemoração pública não se
destina apenas as vítimas, como também o que ocorreu com elas. A reflexão
pública é um ato de reconhecimento.
Os estados mostram às
vítimas e seus familiares que eles também são seres humanos, que sua perda é a
perda de todos e que seu sofrimento é compartilhado, ainda que seja apenas em memoria
às vítimas.
Em 26 de outubro de 2005, a
Assembleia Geral Das Nações Unidas adotou a resolução 60/5 para melhorar a
segurança rodoviária no mundo.
A resolução convida os
Estados-Membros e a comunidade internacional para designar o terceiro domingo
de novembro como o Dia Mundial de lembrança as Vítimas da Estrada.
A celebração deste dia é uma
oportunidade para aumentar a consciência pública em relação ao custo dos
acidentes rodoviários para as comunidades, e enfatizar a necessidade de começar
e promover esforços para controlar este importante problema de saúde e
desenvolvimento de apoio às vítimas.
Movimento “Rua Coletiva”
O Movimento “Rua Coletiva”
surgiu da premissa de que, para que o trânsito flua com naturalidade, é
importante que cada um faça a sua parte. Gentileza e educação no trânsito são
consequências de uma sociedade que vive de acordo com sua legislação e
consegue, assim, enxergar o outro.
Ainda, se cada um proteger a
própria individualidade, de certa forma, acaba contribuindo para o próximo.
Entretanto, para isso, é preciso que as pessoas compreendam que a rua é de cada
um que a utiliza. Uma rua mais respeitosa para o pedestre. Uma rua tranquila
para o motorista. Uma rua mais segura para o motociclista. Uma rua melhor para
todos.
E para atrair o engajamento
da sociedade, são desenvolvidas várias ações educativas pela equipe de educação
do Órgão, ao longo do ano. Somente no primeiro semestre de 2016, mais de 17 mil
pessoas entre crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos participaram de
ações em todo o Estado.
Década de Ação em Segurança
no Trânsito
Em Março de 2010, a
Assembleia-Geral das Nações Unidas editou uma resolução definindo o período de
2011 a 2020 como a “Década de Ações para Segurança no Trânsito” O documento foi
elaborado com base em um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) que contabilizou,
em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países.
Aproximadamente 50 milhões
de pessoas sobreviveram com sequelas. São três mil vidas perdidas por dia nas
estradas e ruas ou a nona maior causa de mortes no mundo. Os acidentes de
trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de
idade; o segundo na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44
anos. Atualmente, esses acidentes representam um custo de US$ 518 bilhões por
ano ou um percentual entre 1% e 3% do Produto Interno Bruto (PIB) de cada país.
O Brasil aparece em quinto
lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, precedido por Índia,
China, EUA e Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e
Egito. Juntas, essas dez nações são responsáveis por 62% das mortes por
acidente no trânsito. A chave para a redução da mortalidade, segundo o
relatório, é garantir que os estados-membros adotem leis que cubram os cinco
principais fatores de risco: dirigir sob o efeito de álcool, o excesso de
velocidade, não uso do capacete, do cindo de segurança e das cadeirinhas.
Serviço
Caminhada pela Vida
Data: domingo (20)
Horário: concentração às 8h
e saída às 9h
Local: Praia de Camburi,
Vitória. (Trajeto com início em frente ao píer de Iemanjá com destino ao final
da orla, na altura da Av. Adalberto Simão Nader).
Inscrições: Por meio do
e-mail: ascom@detran.es.gov.br . Os mil primeiros inscritos receberão um kit
para a caminhada.
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