O candidato que prestar o
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mais de três vezes com isenção de taxa
perderá o direito à gratuidade a partir da quarta tentativa. A medida faz parte
de um pacote de medidas elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) para diminuir
os custos da aplicação da prova, que neste ano superou os R$ 650 milhões.
O Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do MEC
responsável pelo Enem, apura os motivos que levam candidatos a realizar o exame
repetidas vezes – há relatos de pessoas que participam das provas por até oito
edições consecutivas.
— Ainda estamos pesquisando
quem são elas e qual a motivação para essa recorrência — informou a
secretária-executiva da pasta, Maria Helena Guimarães de Castro. — De qualquer
forma, não faz sentido que façam sete vezes sem pagar. Vamos dar a oportunidade
de isenção por até três edições — completou.
Em reunião nesta
quinta-feira entre o Inep e o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed),
outras providências para tornar o Enem "mais sustentável" foram
anunciadas. Por exemplo: a prova servirá apenas para acesso ao ensino superior,
e não mais para que o candidato obtenha o certificado de conclusão do Ensino
Médio. A decisão tem como base um índice muito baixo de sucesso: dos 990 mil
inscritos para este fim, apenas 72 mil conseguiram o diploma — pouco mais de
7%.
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