A
chuva que vem caindo com intensidade nos últimos dias em todo o Espírito Santo,
após quase três anos de estiagem severa, foram o destaque dos discursos
parlamentares na sessão ordinária desta quarta-feira (16). Os deputados se
mostraram felizes com o tempo chuvoso, mas alertaram para a importância da
implementação e continuidade de ações do poder público para o aproveitamento da
água.
“Nesse
momento volta um pouco da esperança para nossos agricultores, pena que o
programa de barragens não ajudou muito a segurar essa água que está se
avolumando nos rios e chegando ao mar”, lamentou Padre Honório (PT).
O
petista, no entanto, destacou a iniciativa do Governo do Estado, por meio do
Programa Reflorestar, de subsidiar agricultores para a recuperação de áreas
degradadas. “O Programa Reflorestar é
essencial, pois traz a conscientização de que é necessário recuperar o que foi
destruído ao longo dos anos. Na semana passada o governo autorizou a liberação
de recursos para agricultores do norte e noroeste, e eu parabenizo o empenho do
secretário de Estado de Meio Ambiente, Aladim Cerqueira e do diretor (de Crédito
e Fomento) do Bandes, Everaldo Colodetti na realização do cronograma de
pagamentos por serviços ambientais, com início no próximo dia 28”, relatou.
“Graças
a Deus estamos comemorando essa chuva, mas mesmo assim, precisamos continuar
com ações de reflorestamento”, frisou Eliana Dadalto (PTC), ao citar sua
participação na solenidade de assinatura do protocolo de intenções celebrando o
Termo de Cooperação Técnica para recuperação e conservação florestal em parte
da Bacia Hidrográfica de Barra Seca e Foz do Rio Doce, no norte do Estado. O
acordo foi firmado na última quarta-feira (9) entre o Governo do Estado, também
por meio do Programa Reflorestar, empresas parceiras e instituições ambientais.
Já o
deputado Sergio Majeski (PSDB) criticou a não aplicação do superavit do Fundo
Estadual de Recursos Hídricos e Florestais (Fundágua), que garante os recursos
financeiros para a execução do Programa Reflorestar. “Do Reflorestar o
superavit é de R$ 105 milhões. Por que isso não foi utilizado em 2015 e 2016
para reduzir o problema da seca, com construção de barragens, e ao mesmo tempo
se preparar para os problemas causados pelas chuvas, como contenção de encostas
para evitar deslizamentos? Será que o dinheiro dos fundos não estariam sendo
utilizados propositalmente, já que a casa autorizou o governo usar superavit de fundos para o que bem entendesse?”,
questionou.
A
questão da anistia das dívidas dos produtores rurais junto aos bancos devido
aos prejuízos causados pela seca foi lembrada pelo deputado Luiz Durão. “Hoje
vem essa preciosa chuva, mas os agricultores não têm dinheiro para plantar,
estão endividados, mas se o governo federal anistiasse 40% da dívida deles,
refinanciasse, e emprestasse mais 40% para o plantio das lavouras tenho certeza
que conseguiriam sobreviver. Precisamos mostrar para os bancos que o agricultor
precisa de socorro. São Pedro está fazendo a parte dele, mas os bancos também
precisam fazer a sua parte”, ponderou.
Karina
Borgo/Web Ales
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