O depoimento do ex-ministro
da Cultura Marcelo Calero à Polícia Federal deve levar a Procuradoria-Geral da
República (PGR) a pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito
contra o ministro Geddel Vieira Lima. Podem ser inclusos no pedido, ainda, os
nomes do presidente da República, Michel Temer, e do ministro Eliseu Padilha.
As informações são do jornal Folha de S.Paulo, que ressaltou, porém, que os
pedidos contra Temer e Padilha dependem de análise mais profunda do contexto em
que são mencionados sobre atos praticados no exercício de suas funções.
Uma investigação permitirá a
realização de diligências, a quebra de sigilos, dentre outras maneiras de
aprofundar a busca por informações. O depoimento de Calero, que teria gravado
conversas com Temer, foi enviado pela Polícia Federal ao STF ontem (quinta,
24), que remeteu a Rodrigo Janot, na PGR.
No despacho ao Supremo, a PF
solicita a abertura de uma investigação contra Geddel, acusado por Calero de
pressioná-lo a rever decisão do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico
Artístico Nacional) que impede a construção de um empreendimento imobiliário
onde o ministro da Secretaria de Governo adquiriu apartamento. Até o momento,
os investigadores investigam que Geddel, Temer e Padilha possam ter cometido
dois crimes: crime de responsabilidade e advocacia administrativa – quando um
agente patrocina direta ou indiretamente interesse privado perante a
administração pública valendo-se da qualidade de funcionário.
Temer confirma conversa
Temer confirma a conversa
com Calero, mas nega que tenha pressionado o ministro. O porta-voz da
Presidência, Alexandre Parola afirmou que o presidente “sempre endossou
caminhos técnicos para solução de licenças em obras ou ações de governo”. Disse
ainda estranhar a afirmação do ministro de que “o presidente o teria enquadrado
ou pedido solução que não fosse técnica”.
Fonte: Congresso em Foco
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