Neste ano, a taxa do
cheque especial já subiu 37,9 pontos percentuais em relação a dezembro de 2015,
quando estava em 287% ao ano.
Outra taxa de juros que
voltou a registrar recorde foi a do rotativo do cartão de crédito. O rotativo é
o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da
fatura do cartão.
Em setembro, na comparação
com agosto, houve alta de 5,3 pontos percentuais, com a taxa em 480,3% ao ano,
a maior da série iniciada em março de 2011. Neste ano, essa taxa já subiu 48,9
pontos percentuais.
A taxa média das compras
parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos
saques parcelados, subiu 2,5 pontos percentuais e ficou em 154,7% ao ano.
Essas duas taxas – do
cheque especial e do cartão de crédito – são as mais caras na pesquisa do Banco
Central e estão bem distantes dos juros médios do crédito para pessoa física
(73,3% ao ano, em setembro). A alta em relação a agosto foi de 1,5 ponto
percentual.
cartões de crédito
A taxa do crédito pessoal
subiu 2,8 pontos percentuais para 135,1% ao ano. A taxa do crédito consignado
(com desconto em folha de pagamento) ficou estável em 29,3% ao ano, em relação
a agosto.
Inadimplência estável
Os dados do BC também
mostram que a inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias,
para pessoas físicas, ficou estável em 6,2%, pelo quarto mês seguido.
A taxa de inadimplência
das empresas também ficou inalterada em 5,5%. A taxa média de juros cobrada das
pessoas jurídicas ficou em 29,8% ao ano, queda de 0,8 ponto percentual em
relação a agosto.
Esses dados são do crédito
livre em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado
e definir as taxas de juros.
No caso do crédito
direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados,
basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) a taxa de
juros para as pessoas físicas ficou estável em 10,4% ao ano. A taxa cobrada das
empresas caiu 0,4 ponto percentual para 12% ao ano. A inadimplência das
famílias ficou em 2%, com alta de 0,2 ponto percentual e das empresas
permaneceu em 1,3%.
O saldo de todas as
operações de crédito concedido pelos bancos caiu 0,2% de agosto para setembro
quando ficou R$ 3,109 trilhões. Em 12 meses encerrados, o saldo das operações
de crédito caiu 1,7%.
O saldo correspondeu a 50,8%
de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB), ante o percentual de
51,2% registrado em agosto deste ano.
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