Arquivo do blog

Tecnologia do Blogger.

Fale conosco

Anuncie aqui

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Assembleia Legislativa discute alta produtividade da abelha capixaba




Deputados ouviram nesta terça-feira (11), no Plenário Judith Leão, a coordenadora do Comitê Gestor Estadual de Apicultura (CGEA), Karina Moreira Nolasco de Carvalho, que falou sobre o desenvolvimento da apicultura no Estado. O programa em desenvolvimento, apesar da falta de recursos, envolve diretamente 700 famílias. A produtividade da apicultura capixaba é de 20 quilos por colmeia ao ano, acima da média nacional que é de 13 quilos. Entretanto, o potencial de produção é de 120 quilogramas anuais, informou Karina Nolasco. 

As informações foram apresentadas na reunião ordinária da Comissão de Agricultura da Ales, presidida pela deputada Janete de Sá (PMN). Nolasco falou também da importância da polinização realizada pelas abelhas: “Dependem da polinização, 70% da cultura agrícola”, cabendo às abelhas papel fundamental. 

Dificuldades
O programa em desenvolvimento, apesar da falta de recursos, e ser um produto pouco rentável, envolve diretamente 700 famílias, totalizando duas mil, incluindo aquelas que dão suporte ao fluxo da produção e aos subprodutos do mel, como ceras, entre outros. O setor gera anualmente R$ 7 milhões.Apesar disso, a apicultura é fator gerador de renda e o complexo envolve a extração, decantação, filtragem, os subprodutos, como a cera e o pólen, própolis, geleia real, e a sua industrialização e comercialização.Nolasco colocou que os principais desafios para o setor é a produção com assistência e técnicos nas casas do mel, além do acompanhamento social das famílias. Também há dificuldade de colocação da produção no mercado. Além disso, disse a coordenadora do comitê gestor, é preciso fortalecer as associações do setor da apicultura e o desenvolvimento da pesquisa aplicada e criação de novos produtos.Outra necessidade é a sensibilização dos deputados para a aplicação da lei federal do setor. Por exemplo, colocação de técnicos nas casas de mel é exigência de lei. Falta a regularização da produção e programa de conservação de espécies em extinção, e a volta da inclusão do mel na merenda escolar.

Merenda escolar
“Algumas associações colocaram sua produção nas contas do governo e os recursos destinados à compra do produto foram cortados”, informou Karina Carvalho, o que segundo ela deixou o produtor perdido, pois o plano era a compra da produção para que o governo incluísse na merenda escolar.O deputado Padre Honório (PT) comentou a questão. “A gente trabalha a questão da agroecologia e as abelhas fazem parte deste contexto”, disse, e observou ainda que o governo tira o mel da merenda e permite a venda de chips nas cantinas das escolas. Honório enfatizou que os deputados têm, sim, de apoiar as ações do setor.Wilson Cravo, do setor de turismo, solicitou que os deputados promovam um encontro com todos os órgãos públicos e privados envolvidos com a eliminação das abelhas que tem acontecido em grande escala no Estado. A população, ao se deparar com um enxame de abelha, chama o bombeiro ou ela mesma se encarrega de eliminar o inseto. A deputada Janete de Sá perguntou como se pode chegar a um equilíbrio entre o temor que a população tem das abelhas e a sua importância delas para a polinização. Destaca que o problema tem origem na maneira do relacionamento do homem com a natureza, colocando em primeiro lugar o lucro imediato. “É preciso pesquisa para ter conhecimento e conscientizar a população sobre a importância das abelhas”, concluiu.
Polinização
A coordenadora do comitê gestor disse que o mel tem pouco retorno, mas interfere em toda cadeia produtiva da natureza, possibilitando a produção de todos os produtos agrícolas, graças a polinização resultante da ação das abelhas. Uma abelha vive em torno de 50 dias e visita cerca dois milhões de flores durante esse tempo. Clayton Perone de Almeida, diretor do Ifes e membro do comitê, reiterou que as abelhas são importantes não só na agricultura como na vegetação natural e coloca o instituto, dentro de suas limitações, como parceiro no projeto apícula capixaba. O comitê gestor capixaba foi criado em 2015 pelo governo para organizar o sistema produtivo apícula, a pesquisa científica capixaba no setor e apresentar as soluções necessárias para seu desenvolvimento. Ela é composta pelos órgãos do Estado voltados para a agricultura como a Secretaria da Agricultura, Incaper, Idaf, pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Federação da Agricultura do Estado do Espírito Santo (Faes), da Federação Capixaba das Associações de Apicultores (Fecapis), Sebrae, Projeto Apisfrut e da Fibria Celulose S. A. 


Indicações
O colegiado decidiu fazer um conjunto de indicações, entre elas, pelo retorno do mel à merenda escolar das escolas públicas do Estado, e solicitar reunião com o governo para debater a questão da apicultura capixaba. O colegiado também entende que a Comissão de Agricultura da Ales deve participar no comitê gestor e vai reivindicar a sua inclusão. Além da presidente Janete de Sá, compõem a Comissão de Agricultura, Silvicultura, Aquicultura e Pesca, de Abastecimento e Reforma Agrária, os deputados Padre Honório (PT), vice-presidente; e os efetivos Raquel Lessa (SD), Eliana Dadalto (PTC), Freitas (PSB). São suplentes os deputados Erick Musso (PMDB), Nunes (PT), Da Vitória (PDT), Sandro Locutor (Pros), Marcos Bruno (Rede).

Fonte: Aldo Aldesco/Web Ales


Foto: Tonico
← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário