O secretário geral do PSD no
Espírito Santo, deputado estadual Enivaldo dos Anjos, saiu em defesa de
Anderson Pedroni (PSD), candidato mais bem votado na disputa pela prefeitura de
Fundão nas eleições de outubro de 2016. Pedroni ingressou com um pedido de
reconsideração da análise das contas pela Câmara do município, que as
rejeitaram, tornando-o ficha suja.
O candidato teve as contas
relativas ao período em que ocupou interinamente a prefeitura em 2011
rejeitadas, e alega que houve interesses político no julgamento, para torná-lo
inelegível. Na disputa deste ano, Pedroni obteve mais de 70% dos votos válidos
no município. Ele recorre ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar
validar esses votos.
Enquanto a decisão não sai,
quem assume interinamente o comando da cidade é o presidente eleito da Câmara
de Vereadores, Eleazar Lopes (PCdoB), aliado de Pedroni. Se a Justiça Eleitoral
se definir em favor do candidato do PSD, ele será empossado. Caso isso não
ocorra, a cidade terá nova eleição.
Em nota, o deputado Enivaldo
dos Anjos afirmou que está empenhado em
conseguir que seja revisto o “julgamento fabricado pelos adversários políticos
de Anderson Pedroni, em 2015, que visavam, exclusivamente, impedir sua
candidatura a prefeito, com a conivência de autoridades do Judiciário e da
Polícia Civil”.
Enivaldo dos Anjos endureceu
o tom do discurso e disse que vai denunciar do plenário da Assembleia, no
retorno às atividades legislativas, “quem está levando vantagem para promover
esse escândalo em Fundão, que tem como pano de fundo o dinheiro dos royalties
de petróleo que o município tem para receber”.
Segundo o deputado e
secretário-geral do PSD estadual, “a Câmara cometeu uma fraude em 2015 ao
induzir ao erro o Tribunal de Contas do Espírito Santo, deixando de incluir no
processo da prestação de contas julgada a cópia da lei autorizativa de abertura
do crédito suplementar, o que deu causa à rejeição das contas, tornando-o
inelegível”.
Enivaldo fez acusações
veladas contra autoridades municipais: “Estranho é que, ao arrepio da
legislação eleitoral, tenha sido diplomado o segundo colocado com 1.866 votos,
às escondidas. Se o Anderson não puder assumir, a lei manda realizar novas
eleições e o que eles querem, oposição sem votos, agentes públicos e políticos,
é impedir que ele assuma, passando o trator por cima da população de Fundão”.
A diplomação do segundo
colocado, feita pelo juiz eleitoral de Fundão, foi cassada pelo Tribunal
Regional Eleitoral (TRE). Anderson Pedroni era presidente da Câmara de Fundão
em 2011, quando o prefeito foi afastado e ele assumiu a prefeitura por 90 dias.
No recurso apresentado à Câmara, afirma que não recebeu ofício para apresentar
defesa.
Século Diário
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