
No Espírito Santo, não há
caso confirmado de febre amarela há pelo menos 50 anos. Quem mora no estado não
precisa ser vacinado, a menos que vá se deslocar para áreas de risco. No
Brasil, quase todos os estados têm regiões com recomendação de vacinação.
Segundo a referência
técnica do Programa Estadual de Imunizações, Martina Zanotti, no ano passado, o
Ministério da Saúde passou a recomendar a aplicação de duas doses da vacina
contra febre amarela, válidas para a vida toda, e não mais uma dose a cada dez
anos. Para quem viaja dentro do território brasileiro, a imunização segue o Calendário
Nacional de Vacinação, com a primeira dose sendo aplicada a partir dos 9 meses
de idade.
Em áreas endêmicas, a
vacina é disponibilizada para toda a população; já em áreas não endêmicas, como
o Espírito Santo, somente para quem vai viajar para áreas de risco. Quanto aos
viajantes internacionais, alguns países exigem a apresentação do Certificado
Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), que é obtido mediante
apresentação do Cartão Nacional de Vacinação – comprovante válido em todo o
território brasileiro – em um Centro de Orientação do Viajante da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No Espírito Santo, o Centro de
Orientação do Viajante funciona no aeroporto de Vitória.
Na página Saúde do
Viajante (http://www.anvisa.gov.br/viajante/) podem ser obtidas mais
orientações sobre o país de destino, como recomendações ou exigências de
vacinas, bem como informações sobre como solicitar o Certificado Internacional
de Vacinação ou Profilaxia.
Febre amarela
Uma pessoa com febre
amarela apresenta, nos primeiros dias, sintomas parecidos com os de uma gripe.
Entretanto, esta é uma doença grave, que pode complicar e levar à morte. Os
sintomas mais comuns são febre alta e calafrios, mal-estar, vômito, dores no
corpo, pele e olhos amarelados, sangramentos, fezes cor de “borra de café” e
diminuição da urina.
A febre amarela silvestre
é transmitida pela picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem em
matas e vegetações à beira dos rios. Quando o mosquito pica um macaco doente,
torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem. A forma
silvestre da doença é endêmica nas regiões tropicais da África e das Américas.
Nas cidades, a doença é
transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue, zika e
chikungunya. De acordo com o coordenador do Centro de Emergências em Saúde
Pública da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), pessoas que fazem ecoturismo
ou que entram em matas por algum outro motivo correm o risco de serem picadas
pelo mosquito Haemagogus infectado e contrair a doença. De volta à área urbana,
essas pessoas podem ser picadas pelo Aedes aegypti, podendo dar início à
reurbanização da doença. O último caso de febre amarela urbana no Brasil
ocorreu no Acre em 1942
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