A
Rede Gazeta fez um levantamento de preços em 14 praias da Grande Vitória, incluindo
Praia Grande, em Fundão e revela a diferença de preço no balneário
metropolitano.

O
item com a maior diferença de preço foi o aluguel de guarda-sol, que oscila de
R$ 7, na Ilha do Boi, em Vitória, a R$ 25 na Praia do Morro, em Guarapari: uma
variação de 257%. Entre os alimentos, as maiores diferenças estão na garrafa de
água (150% de variação entre praias) e na porção de camarão (116,6%). O coco e
o milho têm oscilação de até 100% nos preços.
Enquanto
em Jacaraípe, na Serra, Praia Grande, em
Fundão, e Castanheiras, em Guarapari, a garrafa de água sai a partir de R$
2, em Meaípe, Guarapari, a garrafinha custa R$ 5, o que representa 150% de
variação.
Já a
porção de camarão frito na Praia da Costa, em Vila Velha, sai por a partir de
R$ 30, enquanto que na Praia do Morro, em Guarapari, sai a R$ 65: 116,6% de
diferença. O coco foi encontrado entre R$ 3 e R$ 6 nas praias. A flutuação de
100% também foi observada no valor do milho, que custa de R$ 2,50 a R$ 5 nas
praias da Grande Vitória.
Até
em uma mesma praia, a variação de preços é grande. Em Camburi e em Jacaraípe, a
água de coco foi encontrada por R$ 3, R$ 4 e R$ 5. Já o peroá com fritas custa
entre R$ 42 e R$ 65 na Praia da Costa, uma diferença de 54%. O aluguel de
guarda-sol varia 100% na Ilha do Boi, valendo de R$ 7 a R$ 15, e, na Bacutia,
em Guarapari, e em Jacaraípe, na Serra, entre R$ 10 e 20.
Preço
baixo
Oferecendo
o coco pelo menor preço da praia de Jacaraípe - 3 unidades por R$ 10 gelado (ou
R$ 2,50 cada, em temperatura natural) -, os ambulantes Suzamara Ramos e Everson
Rodrigues estão aproveitando o verão para faturar. O segredo para oferecer o
produto a preço mais baixo, segundo ela, é a forma como compram o coco.
“Compramos
direto do produtor, não tem intermediário. Nós fazemos nosso próprio
transporte, o caminhão é nosso e fica parado aqui, enquanto o Everson vai na
roça comprar mais barato”, disse Suzamara.
Acusados
de concorrência desleal por outros vendedores, Suzamara se defendeu. “Acho uma
acusação boa. Temos boa relação com os quiosques, muitos compram com a gente
para revender”, brincou.
Renda nova
Ana
Carla Pereira perdeu o emprego em 2016. Era diarista, mas teve um problema com
a agência que a contratava e perdeu a vaga. Estava em busca de uma oportunidade
até que, chegando o verão, um amigo, dono de uma fábrica de picolés, lhe
ofereceu o carrinho para a venda dos produtos. Foi assim que, desde o fim de
dezembro, ela virou vendedora ambulante.
“Tenho
instinto de comerciante, vendo bem. No fim de semana, tem mais gente na praia e
estou conseguindo tirar até R$ 50 por dia”, celebrou. O picolé custa R$ 2 e ela
tem vendido na Curva da Jurema.
Como
tem muita concorrência, quando as vendas ficam mais fracas, ela faz promoção.
“Faço 3 por R$ 5 ou vendo o picolé por R$ 1,50”, contou. “É bom que posso fazer
meu próprio horário e, dessa forma, consigo cuidar do meu filho”, disse.
Turistas
Em
meio a um mar de gente na Praia das Castanheiras, uma das mais movimentadas do
Centro de Guarapari, a professora Doralice Basílio, de 22 anos, levou a filha
Ana Laura, de 2 anos, para tomar banho de mar, junto à sogra, a dentista
Jacqueline Nicchio, de 53.
As
três são de Colatina e consideram os preços de Guarapari bastante altos. “Água
de coco e milho a R$ 5 não está fácil. É meio caro”, diz Doralice. “Percebi que
o picolé não subiu, sempre compro para a Ana Laura. Mas a comida em Guarapari é
sempre muito cara”, falou.
Na
praia, o milho sai pelo valor mais alto encontrado pela reportagem na Grande
Vitória: R$ 5, mesmo valor das vizinhas Peracanga, Bacutia e Meaípe.
Jacqueline
conta que todos os anos procura fugir do calor do verão de Colatina nas praias
de Guarapari, mas, para ela, o principal problema dos alimentos vendidos nas
areias não são os preços, e sim, a falta de higiene.
“Sempre
procuro almoçar em casa, pois acho que a higiene desses alimentos vendidos na
praia deixa a desejar”, disse ela.
Com informações
do Portal G1
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