O deputado
Enivaldo dos Anjos (PSD) usou seu tempo durante a Fase das Comunicações para
criticar a operação da Polícia Civil que culminou com a prisão do prefeito
eleito de Fundão, Anderson Pedroni, seu colega de partido. Para o parlamentar,
a polícia foi usada como braço político por opositores de Pedroni. “Ele teve
80% dos votos, mas existem mãos cabeludas dentro da Polícia Civil tentando
ultrajar as pessoas, desrespeitando e interferindo no processo eleitoral”,
disse.
A
acusação da Polícia Civil teria como motivo um suposto pagamento de propina do
atual prefeito a vereadores para que eles aprovassem uma proposição este ano
que abriria prazo extraordinário para que ele se defendesse da rejeição das
contas do período em que assumiu a prefeitura interinamente em 2011. Essa
matéria poderia permitir que ele assumisse a administração municipal, pois,
apesar de eleito, Pedroni foi impedido de assumir a prefeitura pela Justiça
Eleitoral.
Enivaldo
afirmou que vai entrar com uma representação contra as ações da polícia e
acusou a instituição de usar o “guardião” para fazer escutas telefônicas sem
autorização da Justiça.
“Ele
é usado por elementos para tentar pressionar as pessoas e influir no processo
eleitoral. A Assembleia tem culpa nisso, pois não conseguimos votar ainda uma
auditoria desse guardião para saber quem está gravando quem”, ponderou,
referindo-se ao Projeto de Lei 229/2015, de sua autoria, que prevê uma
auditoria no sistema junto com outras instituições.
Escutas ilegais
Outro
parlamentar a se manifestar sobre o tema foi Theodorico Ferraço (DEM). Ele
lembrou que Sandro Locutor (Pros) havia denunciado à Mesa, na época presidida
por ele, a existência de escutas ilegais, inclusive contra deputados.
“Começamos a trabalhar sobre isso. A gente precisa saber se as gravações são
todas autorizadas pela Justiça”, afirmou.
José
Esmeraldo (PMDB) também se pronunciou contra as escutas ilegais. O deputado falou
que iria apoiar o projeto de Enivaldo que prevê a realização de auditorias no
Guardião. “Vou fiscalizar esse projeto aqui. (...) É inadmissível que sem
autorização da Justiça eles gravem nossa fala”, disparou.
Enivaldo
ainda informou que o projeto estava na Comissão de Cidadania com o deputado
Nunes (PT). O parlamentar, então, pediu a palavra para dizer que o projeto
chegou ao colegiado no dia 12 de dezembro, mas que, por causa do período de
recesso na Casa e do processo eleitoral das comissões, a proposição ainda não
havia sido analisada. “Assim que retornar a comissão iremos fazer o projeto
caminhar”, prometeu.
Fonte: Web Ales
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